domingo, 29 de junho de 2008

A Folha


Sinto-me no vértice de uma folha de um livro, ali mesmo nesse lugar onde consigo espreitar o que ficou para trás e olhar com inquietude para o que ainda está para vir!

Mas, continuo espreitando um lado e outro, alternadamente, sem saber em que posição colocar a folha… Sei que de passado vive museu, e que não posso permanecer por muito mais tempo ali, na ambiguidade, mas alguma coisa me prende àquela miragem que vislumbro.

A folha escorrega-me muitas vezes por entre os dedos, mas ainda assim teimo em voltar a segurá-la não deixando que se encontre com a demais que já foram lidas.

Contudo sei que um dia destes, e talvez mais para o Outono, quando os ventos se começarem a sentir, a folha cairá e ficará o que sempre fica, a melancolia de a ter deixado ficar tempo demais nas minhas mãos.


quinta-feira, 5 de junho de 2008

A idade da inocência


Sendo adepta dos prazeres da leitura, encontro-me de momento a ler um livro que encontrei em casa da minha grande amiga Herita, numa tarde em que se fazia uma tentativa frustrada de ver um programa num canal codificado.
Preciso estar sempre a ler qualquer coisa, ou ás vezes até várias coisas em simultêneo, coisa que nós mulheres conseguimos fazer com muito mais facilidade que os nossos conterrâneos "homens", várias coisas ao mesmo tempo!
E então, como estava a dizer, encontrei um livro cujo nome é "Os homens são como o chocolate". Conta a história de uma mulher na casa dos 30, bem sucedida profissionalmente mas que não encontrou ainda o seu "mais que tudo", e passa sistemáticamente pelas mais diversas peripécias romanescas.
E ontem, como o sono tardava em chegar, arrastei o tal livro para a cama, com o intuito de esperar pelo João Pestana.
Hoje de manhã, entre preparativos para a ida escola/trabalho, a minha princesa pergunta-me com o ar mais cândido, ingénuo e inocente do mundo:

- Mãe, é verdade que os homens são como o chocolate???